terça-feira, 14 de setembro de 2010

NOVO CÓDIGO DE UMBANDA

Art. 1º - O presente código estabelece normas de condutas aos Umbandistas.
Art. 2º - Umbandista é todo aquele que seja por que caminho for, foi conduzido ao seio da Reli-gião e lá permanece.
Parágrafo Único -  Equipara-se à Umbanda, a coletividade de pessoas que de alguma maneira mantém vinculo com a Casa.
Art. 3º -  Tratar-se-ão como Irmãos todos os Umbandistas.
Art. 4º - O primeiro Fundamento da Umbanda é a CARIDADE.
Caridade é um sentimento ou uma acção altruísta de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão Caridade não tem custo .
Art. 5º - O segundo Fundamento da Umbanda é  o AMOR.
AMOR – Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação.
É tão divino que o ser encarnado tem dificuldade até na compreensão deste sentimento, é o ca-minhar na vida levando compaixão, compreensão,perdão, tolerância, desapego,  é não ficar preso a palavras, gestos, fatos,  eventos, situações emocionais; é relevar com compaixão as mágoas, as injustiças, as decepções vividas no nosso cotidiano, é compreender que tudo isto é muito pequeno comparado com a grandeza do espírito , com a grandeza da vida.
É caminharmos fazendo a nossa parte, amando ao próximo como a nós mesmos, entregando ao CRIADOR, à vida, todas as situações conflitantes, dolorosas, que momentaneamente possamos estar incapacitados para darmos a melhor solução, a resposta mais adequada.
É a certeza de que tudo na Terra é ilusório, passageiro, transitório, é só uma pequena viagem.
Art. 6º - O terceiro Fundamento da Umbanda é a TOLERÂNCIA.
Art. 7º - O quarto Fundamento da Umbanda é  a HUMILDADE.
Humildade vem do Latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.
Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde, quem se vangloria da sua mostra sim-plesmente que lhe falta.
Art. 8º - O quinto Fundamento da Umbanda é a HONESTIDADE.
Art. 9º - O sexto Fundamento da Umbanda é a DISCIPLINA.
Art. 10º - O sétimo Fundamento da Umbanda é a sua PLURALIDADE.
Art. 11º -  Na Umbanda só existe um CRIADOR. Porem, com diversos nomes, tipos, denominações; que deverão ser aceitos respeitando-se o sétimo Fundamento (Art. 10º
Art. 12º - Na Umbanda cul-tuaremos os Orixás. Porém com diversos nomes, tipos, denominações; que deverão ser aceitos respeitando-se o sétimo Fundamento (Art. 10º).
Art. 13º - A Umbanda é plural e livre, humilde desde sua anunciação, assim devendo ser pratica-da.
Art. 14º - Nenhuma corrente de pensamento será discriminada dentro da Umbanda, todas serão respeitadas e estudadas, cabendo aos Umbandistas escolherem qual o caminho que desejam se-guir, sem que isso implique em discriminação, menosprezo, e muito menos ainda, seja motivo de discórdia, perseguição e embates.
Parágrafo Único – Aqueles que desrespeitarem este Artigo serão julgados apenas e tão somente por suas consciências.
Art. 15º - A nenhuma pessoa encarnada será dado o titulo de Mestre  na Umbanda.
Art. 16º - Todos os Umbandistas são iguais perante o CRIADOR, tendo, porém cargos dentro das Casas, onde serão respeitados pela sua experiência e conhecimentos.
Art. 17º -  Não haverá cobrança de nenhuma espécie pelos Trabalhos realizados.
Art. 18º - Não haverá discriminação, intolerância, de nenhuma espécie em relação às pessoas que buscam auxílios, a demais irmãos de outras Religiões.
Art. 19º -  Não haverá discriminação em relação às Entidades que se apresentam para trabalhar.
Art. 20º - É obrigação do Umbandista procurar aprender sempre as coisas da Religião, através dos ensinamentos das Entidades pela Casa que freqüenta e dos estudos direcionados por essas Entida-des e ou pelos Dirigentes das referidas Casas.
Art. 21º - A nenhum Umbandista é dado o direito de julgar as outras Casas ou Religiões.
Art. 22º - Ao Dirigente de cada Casa é dada a responsabilidade  sobre o desenvolvimento, prepara-ção e ensinamentos aos novos Umbandistas, que passam a ser seus Filhos e Filhas, assim como também é de sua responsabilidade as conseqüências deste desenvolvimento, preparação e Ensina-mentos.
Parágrafo Único – A consciência é o guia e o juiz do Umbandista, devendo ser sempre utilizada.
Art. 24º - Este Código entra em vigor na data de sua aceitação.
Art. 25º - Além de não revogar as disposições em contrário, obriga-se o uso do LIVRE ARBÍTRIO.

Aruanda, 15 de novembro de 2008.
Um espírito irmão e amigo,
Sarava  Aruanda!
Sarava Umbanda!

BOIADEIROS

No decorrer da gira de Caboclo, o chefe do terreiro diz: - “Getuá Boiadeiro!”.
O Ogam prepara a mão e a solta no couro do atabaque e canta:
Me Chamam Boiadeiro
Boiadeiro eu não sou não
Eu sou laçador de gado
Boiadeiro é meu patrão
Getuê, getuá
Corda de laçar meu boi
Getuê, getuá
Corda de meu boi laçar

Alguns Caboclos, também chefes de terreiro, continuam em Terra para ajudar no desenvolvimento dos médiuns e a gira de Boiadeiro começa dentro da gira de Caboclos.
Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxosse, dos Caboclos. Eles são entidades que represen-tam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, “o caboclo sertanejo”. São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Bra-sileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.
Sofreram preconceitos, como os “sem raça”, sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro, sincretismo) e sua lín-gua, entre outras coisas.
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costu-mes, crendices, superstições e fé.
O Terreiro os Boiadeiros vêm “descendo em seus aparelhos” como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração.
Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.
Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros e no descarrego e no preparo dos médiuns. Os forta-lecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
Os Boiadeiros em seus trabalhos bebem vinho ou marafó (aguardente) e fumam cigarro, cigarro de palha e charutos.
Quando o médium é mulher e o Boiadeiro (entidade) é homem, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano e cor, bem apertado, cobrindo o formato os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até a sua linha mais forte de atuação, pe-la sua cor ou composição de cores

Os Marinheiros

O Céu está claro e a noite estrelada se descortina revelando a lua, cheia e brilhante.
O mar reflete a doce forma ondulada do astro mãe que parece uma grande pérola na imensidão do Céu.
O marujo, do alto de seu mastro, olha a Lua e se embriaga com seus raios de prata e no convés, o capitão olha sobre seu leme e vê a Terra se aproximar.
Ao longe, o som dos atabaques repinicando faz ouvir o reto da marujada que vêm chegando.
No Terreiro, o voz da preta-velha comanda: - ” Ah, mano”! E o Ogam canta:
Ôh Marinheiro, é hora
É hora de vir trabalhar
Ôh Marinheiro, é hora
É hora de vir trabalhar
É Céu
É Mar
São os Marinheiros que vêm nas ondas do mar
É Céu
É Mar
São os Marinheiros que vêm nas ondas do mar
Mano meu, Mano meu
Aonde estás que não me responde
Mano meu, Mano meu
Aonde estás que não me responde
Ah, Mano meu
Nunca fiz mau a ninguém
Ah, Mano meu
Eu só sei fazer o bem
Ah, Mano meu
Nunca fiz mau a ninguém
Ah, Mano meu
Eu só sei fazer o bem
Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão. São os marujos que vêm chegando para trabalhar nas ondas do mar.
Os Marinheiros são homens e mulheres que navegaram e se relacionaram com o mar. Que descobriram ilhas, continentes, novos mundos.
Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de mares tortuosos, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.
Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo d áqua) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.
Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas. Em muito, seu trabalho é parecido com o dos Exus, os quais, também podem trabalhar nessa linha. Dificilmente um leigo irá notar a diferença entre os marinheiros e os Exus na ora da gira, pois os Exus vêm com todos os trejeitos dos Marinheiros e com outros nomes, é quase imperceptível.
Ôh, Zé
Quando vem lá da lagoa
Toma cuidado com o balanço da canoa
Ôh, Zé
Quando vem lá da lagoa
Toma cuidado com o balanço da canoa
Ôh Zé
Faça tudo o que quiser
Só não maltrate o coração dessa mulher.
Ôh Zé
Faça tudo o que quiser
Só não maltrate o coração dessa mulher.
Mas, quando se canta um ponto como o que está ai em cima, com certeza se sabe que um comprade está chegando na gira.
A gira de marinheiro e bem alegre e descontraída. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas.
A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, bebem e fumam. Bebem Whisky, Vodka, Vinho, Cachaça, e mais o que tiver de bom gosto. Fumam charuto, cigarro, cigarrilha e outros fumos diversos.
Em seus trabalhos são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e muito amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou em procura de alguém, de um “porto seguro”.
A gira de marinheiro, em muito, parece uma grande festa, pela sua alegria e descontração, mas também, existe um grande compromisso e responsabilidade no trabalho que e feito
Eu só sei fazer o bem

Alguns nomes de caboclos:

  • Caboclo 7 Estrelas
  • Caboclo 7 Flechas
  • Caboclo Guará
  • Cabocla Jurema
  • Cabocla Jandirá
  • Caboclo Pena Branca
Caboclo Boiadeiro - Dentre muitos caboclos que baixam em vários terreiros, o Caboclo Boiadeiro tem sempre uma participação especial nas seções de caboclo.
Boiadeiro é muito respeitado e aplaudido por trazer de volta ao nosso convívio toda a sua experiência adquirida em tempos de boiada, do sertão bravio, do homem responsável pela conduta da boiada do seu patrão.
De um modo geral, Boiadeiro usa um chapéu de couro com abas largas (para proteger-lhe do sol forte), calças arregaçadas e movimenta-se muito rápido. Um pequeno cântaro para carregar água, tão importante para a viagem. O chicote que usa para açoitar as rez feroz. A corda, usada para laçar o boi brabo, ou para pegar aquele que se afasta da boiada, ou ainda usada para derrubar o boi para abate. Boiadeiro, na verdade, traz toda uma soma de sabedoria acumulada dessas viagens e vivências do campo. Na verdade, estamos descrevendo uma maravilhosa entidade de muita luz e muita força.
A Jurema - Sua Importância:O nome “Jurema” vem do tupi-guarani:
Ju significa “espinho” e Remá, “cheiro ruim”.
A jurema é uma planta da família da leguminosas. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.
Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de “Culto à Jurema”.
Esse culto deve-se ao fato de que os nossos índios enterravam seus mortos junto a raiz da jurema. Daí passavam a cultuar esses mortos para que eles evoluíssem espiritualmente e habitassem o tronco da jurema ajudando a todos da tribo em suas necessidades.

Diferença entre “Tenda” e “Terreiro”

Diferença entre “Tenda” e “Terreiro”  - A partir de 1904, começaram a surgir no Rio de Janeiro várias casas de Umbanda denominadas de “tendas”. O termo tenda era utilizado para designar e distinguir a forma de culto adotado. Tenda era a casa de Umbanda que era estabelecida em um sobrado, ou seja, no alto, pois era comum naquela época realizar sessões nestes lugares. Como exemplo, Tenda do Caboclo-Mirim, Tenda do Caboclo da Lua, Tenda de Ogun Megê e assim sucessivamente.
Já o termo terreiro foi adotado para designar aquelas casas que eram estabelecidas no chão. Daí serem classificadas de “Terreiro de Umbanda”. O terreiro foi muito mais difundido do que as tendas devido ao próprio espaço oferecido para culto e foi com esse tipo de associação religiosa que a Umbanda conquistou boa posição no país.
Pretos-Velhos - Existe na Umbanda uma linda falange denominada de
“Falange dos Pretos-Velhos” ou “Linha das Almas”. Originários dos escravos no cativeiro, os pretos-velhos tem como característica principal a prática da caridade.
Como disse, os pretos-velhos viviam no cativeiro amontoados em senzalas, alimentavam-se de mingau de farinha, inhame, toucinho, banana, enfim comiam tudo que tivesse calorias baratas. Eram submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho. Só os mais fortes sobreviviam.
Um preto-velho quando incorpora no médium vem de forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno banco de madeira, que lembra o antigo tosco que existia nas senzalas.
Os pretos-velhos ainda fumam cachimbo de barro ou de madeira rudimentar, falando com os visitantes e filhos-de-santo, usando um linguajar comum aos escravos que não falavam bem o português.
Destaco abaixo alguns nomes de pretos-velhos que baixam prestando inúmeras caridades:
  • Pai Joaquim da Angola
  • Pai Joaquim do Congo
  • Tia Maria
  • Vovó Benedita
  • Vovó Maria Conga
  • Vovó Maria Redonda
  • Vovó Cambinda
  • Vovó Luíza
  • Vovô Rei do Congo
  • Vovó Catarina D’Angola
Caboclo - No culto de Umbanda, Oxossy é o chefe da linha de caboclos. O caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças aos tempos de aldeia.
Conhecedores de muitas ervas, os caboclos têm um papel muito importante: os remédios de ervas e amacis, em que amacis são mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do filho-de-santo.
Já os remédios de ervas são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até mesmo curar doenças.
Nisso tudo os caboclos têm participação muito especial e são encarados e interpretados pelo povo como uma entidade que veio ajudar e aliviar as pessoas dos seus problemas.

As sete Linhas da Umbanda

07(sete) Linhas de Umbanda - A Umbanda se divide em 07(sete) linhas que são assim classificadas:
1- Linha de Oxalá ou Linha de Santo- Nesta linha as falanges são de Santo Antônio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, Santo Expedito e São Francisco de Assis. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia.
2- Linha de Yemanjá
- Tem falanges das sereias que tem por chefe Oxum. Ainda nessa linha temos a falange das ondinas chefiada por Nanã; falange das caboclas do mar; Indaiá da falange dos Rios; Yara dos marinheiros e Tarimã das Calugas-Caluguinha da Estrela-guia.
3- Linha do Oriente
- Subdividida pelas falanges do Hindus, dos médicos, dos árabes, chineses, oriente, romanos e outra raças européias.
4- Linha de Oxossy
- Dividida nas falanges de Urubatão, Arariboia, Caboclo das 7 Encruzilhadas, Águia Branca e muitos outros índios chefes falangeiros que protegem contra magia, dão passes e ensinam o uso das plantas medicinais.
5- Linha de Xangô
- Dividida nas seguintes falanges: falange de Yansã, do Caboclo do Sol, Caboclo da Lua, Caboclo da Pedra Branca, Caboclo do Vento e Caboclo Treme-Terra.
6- Linha de Ogun
- Dividida nas falanges de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Rompe-Mato, esta linha protege os filhos contra as brigas, lutas e demandas.
7- Linha Africana
- Dividida nas falanges do Povo da Costa, Pai Francisco, Povo do Congo, Povo de Angola, Povo de Luanda, Povo de Cabinda e Povo de Guiné, eles prestam caridades e orientam os fiéis para a prática do bem.
A Umbanda apresenta como mensagem religiosa a prática da caridade pura, o amor fraternal, a paz e a humildade. Ela também se propõe a produzir, pela magia, modificações existenciais que permitam a melhoria de vida do ser humano.
Através do ato da caridade e dedicação espiritual é que o médium de Umbanda vai adquirindo elevação e consciência do valor de seu Dom mediúnico, que na verdade foi lhe dado por Zambi para que se aprimorasse aqui na terra.
As incorporações, os passes e descarregos feitos pelo médium de Umbanda são todo o conjunto de afazeres espirituais que dia a dia fazem parte da vida do médium. Portanto, o médium é patrimônio maior desta maravilhosa religião de Umbanda.
Ponto Riscado na Umbanda:O ponto riscado possui grande significado e valor mágico no culto de Umbanda. É através do ponto riscado que os guias contam toda sua história, sua origem e passagem do mundo material e astral.
O ponto riscado é um emblema-símbolo. Os símbolos são sinais expressos de forma que dão a entender uma intenção ou trajetória humana. No caso do ponto riscado, os guias usam a pemba para poder riscar os seus pontos ou símbolos espirituais.
Uma das grandes provas de incorporação na Umbanda é o ponto riscado, pois acredita-se que se uma entidade não estiver realmente bem incorporada ela não saberá riscar o ponto que a identificará das demais.
Guias - Abaixo encontram-se relacionadas as cores das Guias (no Candomblé é chamado de Fio de Contas) de acordo com os Orixás:
·         Exu preto e vermelho
·         Ogun vermelho
·         Oxossy verde
·         Xangô marrom
·         Oxum azul claro
·         Yansã ou Oyá amarelo ouro
·         Yemanjá cristal/azul e branco
·         Nanã roxo
·         Oxalá branco

ORIXÁS


ORIXAS
Orixá  -  Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espirito puro. Santo. Em português significa guardião ou senhor da cabeça;
Em alemão Orisha;
Em espanhol Oricha.
(fonte: wikipédia)

Umbanda - Religião que tem por base a prática da caridade e tem em uma de suas funções a elevação espiritual do médium e das entidades que governam o próprio médium.
A Umbanda é uma grande expressão religiosa nacional com maiores laços com o Rio de Janeiro. Irradiou-se para os Estados de Minas Gerais, São Paulo e demais estados do Brasil e até nos E.U.A existem casas de Umbanda.
É um culto popular aceito em todas as camadas sociais e de fácil acesso.
A Umbanda, embora tenha origens em diversas raças e nações, torna-se simples à medida que o médium adentra em seus conhecimentos.
Dentre muitas entidades que baixam nos inúmeros terreiros de Umbanda existentes, cito como exemplo: Caboclos e Pretos-Velhos, que são considerados como tendo muita luz espiritual, força e sabedoria. Em verdade, o ritual de Umbanda é uma variação de outros cultos, baseada no espiritismo e como disse, tendo por base a caridade.
Povo de Rua:Povo de rua, compadres e comadres são denominações usadas na Umbanda para classificar entidades que trabalham num plano astral evolutivo. Estas entidades em alguns casos equivaleriam aos Exus das casas de Candomblé, estas entidades trabalham e se portam de forma especial em seções particulares para elas.Estas entidades são firmadas em um lugar chamado de tronqueira. É na tronqueira que eles, os compadres e as comadres, tem o seu lugar de destaque.
Em um dos seus pilares teóricos espíritas, Allan Kardec diz que um espírito não é mais que um ser humano, despojado de um corpo físico. Diz ainda que o homem é constituído de três partes: alma, que seria imortal; periespírito, também chamado corpo astral; e um corpo físico.
Segundo ele, no momento da morte, a alma retira-se do corpo rodeada do periespírito que a individualiza e a mantém na sua forma humana. A forma do periespírito é a forma humana e quando aparece a nossa frente é geralmente aquela mesma sombra a qual conhecemos o espírito em vida. Portanto, o periespírito ou “fluido universal” seria definido então como semi-material e intermediário entre a matéria e o espírito.
Conceitos de Umbanda:A Umbanda é uma religião natural que segue minuciosos ensinamentos de várias vertentes da humanidade. Ela traz lições de amor e fraternidade sendo cósmica em seus conceitos e transcendental em seus fundamentos.
A essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se no seguinte:
  • Existência de um Deus único
  • Crença de entidades espirituais em evolução
  • Crença em orixás e santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual
  • Crença em guias mensageiros
  • Na existência da alma
  • Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium.
Essas são as principais características fundamentais das Leis de Umbanda, uma religião que prega a Paz, a União e a Caridade.
·         Yemanjá cristal/azul e branco
·         Nanã roxo
·         Oxalá branco